quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Thirty-five summers


"Time is a funny thing. Time is a very peculiar item. You see when you're young, you're a kid, you got time, you got nothing but time. Throw away a couple of years, a couple of years there... it doesn't matter. You know. The older you get you say, 'Jesus, how much I got? I got thirty-five summers left.' Think about it. Thirty-five summers."

Benny (Tom Waits) em Juventude Inquieta

Somewhere to go


"If you're going to lead people, you have to have somewhere to go."

The Motorcycle Boy (Mickey Rourke) em Juventude Inquieta

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

The Hero of a Thousand Faces


Também a caminho da caixa de correio por estes dias está The Hero of a Thousand Faces de Joseph Campbell, um importante ensaio de mitologia comparativa onde o autor instituiu em 1949 uma análise do arquétipo do herói no mundo da ficção e no universo concreto das diferentes mitologias humanas. Um livro que influenciou muito George Lucas (isto aparte tudo o resto: Bíblia, Tolkien, II Grande Guerra, Kurosawa e os filmes de samurais, filosofia oriental, etc.) e as suas trilogias da Guerra das Estrelas. A tese de Campbell radica nesta simples evidência: a de que os mais importantes mitos do mundo sempre partilharam ao longo dos séculos uma estrutura fundamental comum - o monomito. Um termo tomado de empréstimo ao clássico Finnegan's Wake de James Joyce e que ilustra o padrão da viagem do herói nos mais diversos mitos e narrativas culturais do nosso planeta; chegando a dar aí os casos de Moisés, Cristo e Buda. Para Campbell, tudo começa quando o herói abandona a região do seu quotidiano para entrar num mundo de poderosas forças sobrenaturais (e talvez o caso mais óbvio que agora ande por aí seja o Avatar de James Cameron): espaço onde a conquista de uma vitória lhe dá a capacidade de trazer algo de novo ao mundo e aos seus companheiros.

The pictures got small


"Joe: You're Norma Desmond. You used to be in silent pictures. You used to be big.
Norma: I am big. It's the pictures that got small.
Joe: I knew there was something wrong with them."

Diálogo entre as personagens de William Holden e Gloria Swanson em O Crepúsculo do Deuses

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Um Milagre de Natal no CCC das Caldas da Rainha



E assim termina o ciclo de cinema Natal em Família no CCC das Caldas da Rainha: Um Milagre de Natal será exibido hoje, pelas 21h 30, no Pequeno Auditório e trata-se da estreia na realização do actor italo-americano Chazz Palminteri (um nome conhecido pelos seus papéis de mafioso, mas que arrisca aqui outros voos) onde seguimos o percurso de várias personagens, interpretadas por diversos actores consagrados (está lá a Susan Sarandon e Penélope Cruz: o melhor de dois mundos), durante a noite de Natal. Para o ano há mais, vamos terminar este bem.

sábado, 26 de dezembro de 2009

The church and the movies


"I don't really see a conflict between the church and the movies. The sacred and the profane. Obviously there are majour differences. But I can also see great similarities between the church and the movie house. Both are places for people to come together and share a common experience. I believe there is spirituality in films, even if it's not one that can supplant faith. I have found over the years that many films address themselves to the spiritual side of man's nature, from Griffith's film Intolerance (1916) to John Ford's The Grapes of Wrath (1940) to Hitchcock's Vertigo (1958) to Kubrick's 2001 (1968) and so many more... It's as if movies answer an ancient quest for the common unconscious. To fulfill a spiritual need that people have to share a common memory."

Martin Scorsese no documentário Uma Viagem com Martin Scorsese pelo Cinema Americano

A sala de cinema


Este pequeno artigo da Lusa publicado pelo semanário Sol é mais um sintoma do crescente abandono a que a sala de cinema foi vetada - e aqui não entra naturalmente a lógica de consumo das grandes salas dos centros comerciais onde, infelizmente, os filmes se confundem com um pacote de pipocas. Falamos da sala de cinema não apenas como um lugar de experiência eminentemente social e comunitária, mas acima de tudo espiritual. Parece estranho usarmos o termo "espiritual" e contudo é disso mesmo que se trata: porque nunca vimos a sala de cinema de outra maneira. Este é um lugar que sempre foi de reflexão interior, um espaço ainda de "consciência" do mundo e da condição humana, de busca de sentidos, de oração (sim, oração, levamos isto às últimas consequências) e transcendência. Um universo de refundação de valores através da narrativa e dos grandes mitos; e a partir dos heróis e heroínas que nunca deixaram de funcionar para nós como "avatares", para usar uma expressão agora em voga, das nossas próprias inquietações e desejos, sonhos e dilemas. Um mundo hoje, também em Lisboa, em ruínas, ao abandono, esquecido, sem vida; que não é muito diferente do que grassa por esse país fora e no resto do mundo. Ou porque já não conseguimos olhar para a sala de cinema como uma porta para a relação com o "outro". Essencialmente devido a um modo de vida que não admite mais mundo para além do nosso umbigo nem procura resolver o imenso mistério da vida que nos envolve. Sem nostalgia, sem rancor nem raiva, ou sequer melancolia, apetece somente perguntar isto: se não sabemos como partilhar a sala de cinema o que saberemos alguma vez partilhar?

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

"Chaplin: A Life" de Stephen M. Weissman


Nos próximos dias vou andar ainda atento à caixa de correio e a razão também se deve a Chaplin. A Chaplin porque viveu a sua vida de uma forma extraordinária, reflectindo boa parte dessa experiência na sua carreira. A Stephen M. Weissman, um psiquiatra norte-americano e professor da Washington School of Psychiatry, porque passou anos a investigar a vida do realizador e actor britânico, apresentando-nos agora uma obra intitulada Chaplin: A Life onde temos uma perspectiva da sua obra cinematográfica através do olhar psicanalítico de um estudioso que acreditou ser possível olhar a vida deste autor como uma forma de interpretação dos seus filmes e vice-versa. Um trabalho que naturalmente se concentra na infância difícil de Chaplin em Londres, na pobreza desses primeiros anos de vida e na relação com a mãe (e o seu percurso de demência), sem esquecer os conturbados episódios da sua vida privada em adulto. Consta que há por aqui revelações e segredos únicos que nos ajudam a perceber não só a complexidade de um artista como Chaplin, mas igualmente a simplicidade da sua grande personagem de sempre: Charlot.

O museu de Chaplin


A propósito de Chaplin e da sua mansão em Vevey, na Suiça, foi também daí que veio uma das melhores notícias deste ano: a criação neste local de um museu dedicado ao cineasta britânico e ao seu percurso na História do Cinema. A escolha recaiu na sua última morada, deixando de fora outras hipóteses como Londres e Los Angeles, cidades onde também viveu. Segundo Michael Chaplin, o projecto tem sido delineado ao longo da última década e estará terminado dentro de dois anos, integrando objectos que pertenceram a Chaplin, uma crónica da sua ascensão na Sétima Arte desde a infância londrina até ao estrelato em Hollywood, anexos que reproduzirão alguns dos cenários dos seus filmes mais famosos, onde se inclui a famosa máquina de Tempos Modernos, e claro, imagens da sua vida e obra.

A morte de Chaplin


No dia de Natal, inevitavelmente (e para além do nascimento de Cristo, do Pai Natal da Coca-Cola, dos presentes ou das filhoses), acabo sempre a lembrar-me de Charles Chaplin. Não apenas por ser essa a data da sua morte - o criador de Charlot faleceu na sua vivenda de Vevey na Suiça a 25 de Dezembro de 1977 com 88 anos de idade -, mas porque esse também foi o ano em que nasci: e assim tenho o privilégio de dizer que ainda partilhei no mesmo país cerca de 6 meses de existência com o cineasta que mais me marcaria em toda a minha vida (mesmo que nessa altura eu estivesse longe de saber como ou porque razão isso aconteceria). Não me custa portanto saber nesta altura quais os anos que se comemoram à passagem da morte de Chaplin: 32 (tantos quantos o meu bilhete de identidade assinala). Uma morte que veio durante o sono (não é o desejo de todos?) e que poucos meses mais tarde suscitaria um episódio caricato e digno das suas melhores comédias, mas que nos mostra igualmente bem o tipo de culto e estatuto que a sua figura ainda impunha ao fim de tanto tempo afastado do mundo e do cinema. A 1 de Março de 1978, um par de mecânicos resolveu roubar o corpo do cemitério de Corsier-sur-Vevey, no cantão de Vaud, e pedir à família um avultado resgate. Depois de inúmeras e trapalhonas desventuras (o duo não ficaria conhecido pela inteligência nem pela subtileza dos seus estratagemas) o corpo seria finalmente descoberto perto do lago Genebra, sendo a dupla presa e condenada.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Fish Beach



A primeira vez que ouvi Fish Beach de Michael Nyman foi no célebre e visceral O Cozinheiro, O Ladrão, a sua Mulher e o Amante dela; e nunca mais esqueci aqueles acordes simples e minimais. Não imaginava, curiosamente, que o tema já tivesse integrado antes Drowning by Numbers (também de Greenaway e também em colaboração com o compositor inglês) ou que mais tarde Jay Jay Johanson o revertesse nessa genial canção que é I'm Older Now. Não sei o que isso tem a ver com o Natal, sei que tem a ver com melancolia, o amor e o cinema.

Feliz Natal!

Lágrima de cinema


Eu tomava o café da manhã e lia o jornal. Na mesa ao ao lado, sentou-se um casal jovem com uma filha de seis ou sete anos. Mais tarde percebi que se chamava Mariana. Foi quando chorava e escondia a expressão atrás da cadeira, timidamente, entre a montra da loja de telemóveis e o olhar conformado e impotente do pai (gorro bem enfiado na cabeça, rosto esquelético, luvas pretas nas mãos). Não percebi o que lhe disse, talvez um "o que se passa, filha?" Sem gesto, sem expressão, voz desistente. A mãe (de gorro também, olhos azuis e pele muito branca) já antes disso soltara uma daquelas lágrimas instantâneas e límpidas que caem de uma vez só ao longo do rosto e aos primeiros sons do "Imagine" de Lennon (vindo de algum canto distante do centro comercial e a abrir caminho por entre o ruído das pessoas que caminhavam através do corredor). Uma lágrima daquelas que só se vê no cinema, perfeita, sibilina, brilhante, a sulcar apesar de tudo uma cara bonita. Nada a ver com as lágrimas da Mariana: vermelhas, envergonhadas, furiosamente mudas e discretas, ainda mais acomodadas naquela mesa de café do que eu no meu silêncio atento. Perguntei-me: é possível um Natal feliz depois de uma criança a chorar? Sai de lá convencido que não.

(na imagem uma foto de Diane Arbus de 1963 e intitulada "A Child Crying")

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O truque é ver


"Chaplin é a razão. E Keaton e Lloyd. Garbo, Gable e Lombard. Jimmy Stewart e Jimmy Cagney. Fred e Ginger. Eles eram deuses! E viviam ali em cima. Aquilo era o Olimpo! Lembras-te se eu te disser como nos sentíamos sortudos de estar aqui? De ter o privilégio de os ver? Esta coisa da televisão... Para quê ficar em casa a olhar para uma caixa? Por ser conveniente? Por não termos de nos vestir e ser só ficar sentados? Como podemos chamar entretenimento ao estar sozinho numa sala? Onde estão os outros? Onde está o público? Onde está a magia? Eu digo-te! Num local como este, a magia envolve-nos. O truque é vê-la."

Martin Landau para Jim Carrey em The Majestic de Frank Darabont

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009



Também podem dar uma olhada ao trailer de Do Céu Caiu uma Estrela do mestre Frank Capra aqui (e já agora considerem-se convidados a aparecer).

"Do Céu Caiu uma Estrela" de Frank Capra


É um dos grandes clássicos de sempre da História do Cinema e uma das maiores obras-primas do mestre americano Frank Capra: Do Céu Caiu uma Estrela, obra de 1946 e estreada na América do pós-guerra, é hoje exibido no Pequeno Auditório do CCC das Caldas da Rainha, pelas 21h 30, mais uma vez integrado no ciclo que decorre naquele espaço, intitulado Natal em Família, numa cópia de 16 mm que se apresenta em excelente estado de qualidade - caso raro: sendo este é um dos filmes mais injustamente esquecidos durante a época natalícia e um dos que mais dificilmente temos tido oportunidade de observar em sala de cinema (tirando talvez as mais que naturais exibições levadas a cabo pela Cinemateca Portuguesa em Lisboa).

Faz sentido, pois se existe filme natalício por excelência este é um daqueles exemplos mais óbvios e reverenciados na relação entre a Sétima Arte e o espírito da época em que vivemos. Um drama sentimental livremente inspirado no conto The Greatest Gift, escrito pelo autor Philip van Doren Stern (mas que não deixa de ter uma clara atmosfera dickensiana), onde a personagem interpretada por James Stewart (de regresso da Segunda Grande Guerra, conflito onde participou) reflecte sobre a vida e o suicídio, amor e a família, a amizade e o divino. Capra consderou-a o melhor filme que alguma vez realizara e se a verdade é que esse sentimento não impediu que resultasse num fracasso de bilheteira, o tempo acabou por lhe fazer a devida justiça, tornando-o numa obra ímpar e eterna consagrada à tradição do Natal.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Entrevista ao Jornal de Leiria


"Não existe um estilo português de filmar"
David Mariano (fundador e programador da *aurora - rede criativa de programação e exibição de cinema)

Existe um “estilo português” de filmar? De contar histórias?
A minha experiência de espectador de cinema e em especial de espectador de cinema português diz-me que não; não existe um “estilo português” de filmar, mas sim várias formas de expressão cinematográfica, várias formas de contar histórias, tão diversificadas quanto o número de realizadores que temos. Mais: penso até que a interrogação à volta da existência de um “estilo português”, normalmente apelidado de “lento”, “aborrecido”, “teatral”, além de recorrente, é também sintoma de um enorme equívoco que nasceu a partir do divórcio entre o público português e o cinema nacional, uma ideia completamente fora da realidade. Sei que me arrisco a ser politicamente incorrecto e a fazer estremecer algumas “virgens ofendidas”, mas estou convicto que aqueles que têm a noção de um “estilo português” são precisamente os mesmos que não vêem ou provavelmente nunca viram cinema português e raramente têm disponibilidade para o descobrir. Porque a ideia de um “estilo português” pressupõe que há um “estilo americano” ou um “estilo comercial”, ou outro, não interessa, que deveríamos adoptar como fórmula. É esta ideia de replicação que tem impedido, aliás, a justa visibilidade de cineastas como Jorge Cramez, Pedro Costa, António Ferreira, Mário Barroso, a dupla Tiago Guedes e Frederico Serra, entre tantos outros, gente com um estilo próprio, mas muito diferentes entre si. Permitam-me dar o exemplo de um dos melhores filmes que vi nos últimos anos: “O Capacete Dourado” de Jorge Cramez. Era uma obra de estreia jovem, vigorosa e emotiva. Teve pouco mais de 5 mil espectadores.

Quais as principais diferenças entre o estilo Manoel de Oliveira – que há dias fez 101 anos – e o dos jovens realizadores?
As diferenças são inúmeras e não sei se deveríamos colocar a questão dessa forma, porque se o cinema de Manoel de Oliveira é indissociável da História do Cinema, seja ela nacional ou mundial, não me parece que dele dependam os nomes que têm surgindo na nossa produção recente. Naturalmente, Manoel de Oliveira é considerado o “pai do cinema português”, mas não me parece que seja uma influência mais óbvia junto dos novos realizadores do que outros grandes cineastas como Chaplin, Ford, Eisenstein, Murnau, Godard, Cassavetes, e aqui a lista poderia ser infinita, para lá ainda dos mestres da actualidade, desde David Lynch ao Tsai Ming-liang, entre muitos outros e que só eles poderão enunciar. O que sei, e mais uma vez reafirmo, é que cada um dos nossos jovens realizadores tem a sua própria identidade e visão, e se é verdade que não vivem em ilhas isoladas, ou seja, imunes a várias influências, também é um facto que não os encontramos num aquário estanque, fechados dentro de um qualquer movimento ou “estilo colectivo”.

Como se pode promover e captar mais público para a produção independente ou os jovens cineastas nacionais?
Primeiro do que tudo existe uma luta de mentalidades a realizar e um processo de sensibilização cultural que urge ser feito por todo o tipo de agentes a operar no cinema e a favor da nossa produção; o país, não só no cinema, mas em muitas outras áreas sociais e culturais, vive uma verdadeira crise de identidade, aspecto que normalmente o leva a importar todo o tipo de modelos culturais estrangeiros sempre em substituição da sua própria vivência e das suas identidades, como se não nos bastasse ser nós próprios. Essas questões são muito complexas e têm sido melhor analisadas por filósofos e escritores como José Gil, Eduardo Lourenço ou até o recente Prémio Pessoa, D. Manuel Clemente. Mas acima de tudo, penso que era preciso abrir mais canais de distribuição e rentabilizar melhor os espaços culturais como os cine-teatros e os centros culturais com condições para projecção de cinema e que são geridos por municípios com essas competências. Essa pode ser uma das soluções, mas há muito mais que deve ser feito e que deveria começar essencialmente pelo debate de ideias, pela reflexão sobre as necessidades que existem, e finalmente através de uma concertação de interesses junto dos poderes públicos e institucionais.

O que é a *aurora?
A *aurora é um projecto de programação e exibição de cinema pensado para a região Centro e Oeste que produz e programa ciclos de cinema ou retrospectivas de autor, e que ainda promove extensões de alguns dos melhores festivais de cinema em Portugal, a exemplo do que aconteceu com o IndieLisboa e o DocLisboa em Leiria e Alcobaça. A ideia fundamental é cultivar a cinefilia, descentralizar a distribuição de cinema, dar visibilidade a novos e velhos autores do cinema, restituir o público ao contacto com a sala de cinema, lançar o debate e a discussão sobre o poder das imagens, relançar os mitos cinematográficos, enfim, colocar a paixão do cinema sempre na ordem do dia e fazer disso quase um “estado de espírito” ou uma “forma de espiritualidade”, aspecto que julgo se tem perdido nos últimos anos por várias razões. Além de uma solução cultural para os espaços culturais com deficiências e necessidades nesse campo, a *aurora faz ainda das ideias e da criatividade um ponto de partida para criar programas e ciclos, funcionando em rede e criando relações privilegiadas com diferentes públicos e espaços: Leiria, Alcobaça, Rio Maior e Caldas da Rainha.

E assumir o papel de realizador?
Quem sabe; não desminto que seria algo que gostava de arriscar fazer, e onde não duvido me sentiria bem. O desejo, as ideias, esboços de argumentos e imaginário não me faltam, mas o cinema é uma arte onde é preciso reunir uma série de elementos e circunstâncias a que não basta emprestar a paixão ou o talento. Também é necessário criar experiências e obter alguma formação e principalmente ver muito cinema. Espero apenas um dia ter uma melhor resposta do que esta.

Entrevista por Jacinto Silva Duro (para a edição de 17 de Dezembro de 2009)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Feliz Natal de Christian Carion no CCC das Caldas da Rainha


É já daqui a pouco no CCC das Caldas da Rainha: Feliz Natal de Christian Carion abre hoje o ciclo Natal em Família, pelas 21h 30, no Pequeno Auditório. Esta obra, inspirada numa história verídica decorrida durante a Primeira Guerra Mundial na noite de Natal de 1914 e que recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2005, inaugura assim um programa dedicado ao espírito da época, olhando-o como um lugar de comunidade, de família, de partilha, de transcendência e de contacto, composto por filmes de várias idades e para várias idades, clássicos e contemporâneos e que fazem do Natal um universo intemporal e de renovação dos grande valores humanos. Dêem uma olhada ainda ao folheto e apareçam. E já agora, Feliz Natal!