Também a caminho da caixa de correio por estes dias está
The Hero of a Thousand Faces de Joseph Campbell, um importante ensaio de mitologia comparativa onde o autor instituiu em 1949 uma análise do arquétipo do herói no mundo da ficção e no universo concreto das diferentes mitologias humanas. Um livro que influenciou muito George Lucas (isto aparte tudo o resto: Bíblia, Tolkien, II Grande Guerra, Kurosawa e os filmes de samurais, filosofia oriental, etc.) e as suas trilogias da
Guerra das Estrelas. A tese de Campbell radica nesta simples evidência: a de que os mais importantes mitos do mundo sempre partilharam ao longo dos séculos uma estrutura fundamental comum - o
monomito. Um termo tomado de empréstimo ao clássico
Finnegan's Wake de James Joyce e que ilustra o padrão da viagem do herói nos mais diversos mitos e narrativas culturais do nosso planeta; chegando a dar aí os casos de Moisés, Cristo e Buda. Para Campbell, tudo começa quando o herói abandona a região do seu quotidiano para entrar num mundo de poderosas forças sobrenaturais (e talvez o caso mais óbvio que agora ande por aí seja o
Avatar de James Cameron): espaço onde a conquista de uma vitória lhe dá a capacidade de trazer algo de novo ao mundo e aos seus companheiros.
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