Quem disse que o cinema de James Cameron é só fantasia? O realizador anda agora pelo mundo com uma missão que pode ser entendida quase como uma espécie de correspondência entre a realidade e as questões que atravessam boa parte do maior sucesso de bilheteira da História do Cinema:
Avatar. Este anda não só preocupado com o impacto ambiental de uma central hidroeléctrica na Amazónia como o site da Globo vai avançando que o cineasta resolveu enviar uma carta formal ao Presidente brasileiro, Lula da Silva, a solicitar a suspensão imediata do projecto de construção desta infra-estrutura em Monte Belo.
Para isso Cameron deslocou-se mesmo ao Brasil para participar no
Fórum Internacional de Sustentabilidade, em Manaus, onde aproveitou para se encontrar com representantes do povo de Xingu. Isto mostra bem do empenho do ex-marido de Kathryn Bigelow na luta contra a construção da central que já foi comparada à do povo Na`vi. James Cameron afirma que ambos sofrem "ameaças e injustiças" e considerou a hipótese de ainda vir a filmar a sequela de
Avatar na Amazónia (ora aí está uma novidade). Parece que o governador Eduardo Braga e o Secretário de Estado da Cultura, Robério Braga, tentaram ainda convencê-lo rodar parte do filme naquela região, tendo sido enviado ao realizador de
Titanic uma
Carta de Apoio à Produção Audiovisual na Amazónia, além de uma lista com as zonas que poderiam servir de ao filme.
Foi aliás através do contacto com muitos dos realizadores internacionais que por ali passaram, como Sir Alan Parker, Claude Lelouch, Norman Jewison, Irvin Kershner, Paul Redman, John Boorman, John Mc Tiernan, Roman Polanski, Hugh Hudson e Matt Dillon, que Cameron tomou conhecimento da zona e da sua "fotogenia" adequada a produções audiovisuais, defendendo também a necessidade de haver um maior convívio e uma maior harmonia entre a natureza e a indústria do cinema nos próximos anos. "Acho que os filmes podem ser feitos de maneira mais verde", adiantou.
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