quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pedro Costa: o Samuel Beckett do cinema?


Hoje é um dia feliz para o cinema português: O Sangue de Pedro Costa tem cópia nova e está desde hoje em reposição nos cinemas UCI El Corte Inglés. Fulgurante obra de estreia do cineasta (e um dos mais invulgares autores contemporâneos do nosso país), este acontecimento serve um pouco de aperitivo para aquela que será a apresentação da última obra do realizador em Novembro: Ne Change Rien, apresentado na Quinzena dos Realizadores em Cannes, e que contará na estreia por cá com a presença da actriz Jeanne Balibar.

Também ontem, a acompanhar esta reposição, foi apresentada na Cinemateca Portuguesa a monografia cem mil cigarros – Os Filmes de Pedro Costa, uma edição de mais de 300 páginas com textos de 28 críticos, ensaístas, realizadores e artistas de todo o mundo, coordenada por Ricardo Matos Cabo e publicada pelas edições Orfeu Negro.

Mais: o realizador português vai ter uma retrospectiva integral na Tate Modern, em Londres a partir do dia de amanhã, 25 de Setembro, e até 4 de Outubro. Na imprensa, por lá, clamor também não lhe falta: a revista Sight & Sound dedica-lhe um longo dossier de 6 páginas, isto a par do diário The Guardian, um dos mais prestigiados jornais britânicos, que vai anunciando no título do artigo que dedica a Pedro Costa que este é o Samuel Beckett do cinema. Ainda amanhã, e conforme já deu para dar uma olhadela, o Ípsilon, suplemento do Público, dedica-lhe a sua capa (o que significa que lhe dedicará muitas páginas no seu interior).

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