Termina hoje o ciclo de cinema
Sexo: O Último Tabu no
CCC das Caldas da Rainha com o filme
Shortbus de John Cameron Mitchell, uma das obras mais recentes de todas aquelas que completaram o programa e porventura a que nos apresenta um olhar mais bem-humorado e descomplexado sobre a própria temática (sem que com isso deixe de ser um título que trate das questões mais complexas do sexo com a mesma profundidade e agudeza que os anteriores). Contudo,
Shortbus é um filme diferente na abordagem e no estilo: mais divertido, mais livre, mais desassombrado e menos dramático, menos grave, menos sombrio. Um filme que tem a capacidade de não se levar muito a sério (o que lhe dá uma ligeireza sedutora que nunca, mas nunca, se transforma em condescendência). A dada altura, uma das velhas personagens que compõe a clientela do clube que dá o nome ao segundo opus da carreira de Cameron Mitchell diz: "Nova Iorque é o sítio para onde as pessoas vêm para ser perdoadas". Poderia ser também uma boa definição para o filme e para as personagens que o integram, sendo aqui o "perdão" um aspecto importante no capítulo que o desejo representa para estas pessoas que procuram simplesmente ser felizes num mundo que por vezes lhes é adverso. Mas uma coisa é certa, mais do que o sexo ou a sua explicitação no grande ecrã, chegamos aqui para perceber que tudo se resumiu no fundo a isso: à busca da felicidade e do amor.
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