Hoje no suplemento Ípsilon do Público, uma reportagem intitulada
A Nova Cinefilia (nem a propósito: ver post mais abaixo) do jornalista Luís Miguel Queirós, transcrevemos o seguinte excerto:
"Sensivelmente da mesma idade que David Pereira, Guilherme Blanc, promotor de projectos de cineclubismo universitário e um dos subscritores do abaixo-assinado que, recentemente, veio exigir a criação de um pólo da Cinemateca no Porto, coloca várias reservas a este retrato do novo cinéfilo como um comprador compulsivo de DVD, de gostos ecléticos, que trocou a sala pelo sofá.
'Os DVD são objectos de luxo para uma pessoas que ainda está a estudar, e não posso adquirir os suficientes para alimentar a minha cinefilia', diz. E, 'por razões tecnológicas', também não pirateia na Internet, embora reconheça, por regra, a sua geração 'adquire cultura cinematográfica através do acesso a formatos ilegais'.
Do que gosta mesmo é de ver cinema em salas, e está convencido de que assistiremos ao regresso das salas independentes. Esse é, aliás, o tema da tese de mestrado que está a fazer em Londres.
'
Acho que vai haver um retorno à exibição clássica e que a tendência não é para a expansão dos multiplex, mas também não será um regresso ao modelo falhado da sala independente.' Acredita que a solução passa não apenas por assegurar o conforto que as velhas salas não tinham, e por recuperar espaços de socialização que tinham, mas também por levar cineastas e actores às salas e por promover apresentações e debates'."
Vale a pena ler não só o texto integral da reportagem (podem fazê-lo
aqui) como o artigo que a acompanha, escrito pelo crítico Luís Miguel Oliveira, sobre as várias definições que o termo "cinefilia" hoje encerra.
E terminar, assegurando ao Guilherme Blanc, que a *aurora é já esse "retorno" que ele anuncia da exibição clássica (razão porque concordamos em absoluto com o último parágrafo por si descrito).
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