A poucas horas de vermos Tony Manero do chileno Pablo Larrain na Extensão do Indie Lisboa em Leiria (Teatro José Lúcio da Silva, às 21h 30), um dos títulos que maiores simpatias e atenções conquistou do público durante a sexta edição do Festival, deixamos aqui uma das sequências mais famosas do "real" Tony Manero no mítico Febre de Sábado à Noite (1977).
A sua personagem continua hoje um ícone e um símbolo da sua época (finais de década de 1970), mas também imagem de um período louco de extravagância, boémia, liberdade sexual e cultura "disco-sound" (que ciclicamente nos entra pelas pistas de dança adentro). Da noite para o dia, transformou John Travolta num fenómeno de popularidade (facto mais tarde exponenciado em Grease, embora também seja verdade que antes disso já havia passado pelo genial Carrie de Brian De Palma) e que pôs o mundo inteiro a tentar imitar as suas célebre coreagrafias, desde as mais luxuosas discotecas às mais obscuras "boites" (termo que especialmente apreciamos).
É o efeito dessa "imagem" que também está em causa no filme de Larrain e a forma peculiar como acabou por ser apropriada no seio da cultura popular (e que hoje não deixa de se manter e revitalizar). Quem, como ele, nunca quis ser o "rei" da pista de dança?
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